Every Poem you write here
You will never understand,
Because when the waves arrive,
They will allways go off the end!

3.4.09

Usina Nuclear de Angra dos Reis


Fico imaginando um diálogo entre os responsáveis pela escolha da equipe técnica responsável pela construção da usina em Angra dos Reis...- "Não põe Arquiteto na equipe não...eles vão querer ouvir os índios e outras viadagens...temos prazos, contratos e isso vai levar um tempão."
Pois é, não ouviram os índios e a usina tem sérios comprometimentos estruturais (leia-se rachaduras) que impedem seu funcionamento pleno, conforme previsto e construído. Este, entre tantos outros episódios, é suficiente para justificar meu interesse pela origem dos nomes dos lugares e das palavras, em geral.

















 

 “Lutar com palavras
é a luta mais vã.
Entanto lutamos
mal rompe a manhã. “
 - Carlos Drummond de Andrade, em O LUTADOR.
A Usina Nuclear de Angra dos Reis, no Rio de Janeiro, foi construída numa bela enseada batizada pelos índios que viviam na região com o nome de "Itaorna" que, em tupi-guarani, quer dizer "pedra-podre", provavelmente devido aos frequentes deslizamentos de terra que ocorrem em toda região no período das chuvas.
Num destes deslizamentos, há muitos anos, muito próximo ao complexo, um morro inteiro deslizou até o mar levando consigo um laboratório da Usina. 




A ponte, localizada uma curva antes de Itaorna (para quem vai do Rio em direção a Santos), foi construída no local onde existia o morro. Talvez aí resida uma das grandes diferenças entre engenheiros e arquitetos???!!!




“Itaorna, em tupi-guarani significa “pedra mole” ou “pedra podre”. Se houvesse alguém com alguma curiosidade (ou erudição) por certo teria alertado os construtores para a inadequação do lugar (pelos aspectos geológicos) para a tão importante construção, porque, simplesmente, um terreno de pedra podre não se prestaria para uma construção que necessitará de tantos cuidados estruturais.”

Um comentário:

Ciducha disse...

Aplausos querido
Seu blog é mil
Bjs