Every Poem you write here
You will never understand,
Because when the waves arrive,
They will allways go off the end!

28.6.06

Quando precisar falar




Quero ouví-la...

Seus medos,

Seus segredos,

Seus amores,

Seus temores,

Tudo...

Fitarei seus olhos,

Mudo...

Eles me iluminarão,

Quando precisar falar.




- Olavo THADEU

7.6.06

“Copa tudo por dinheiro!”


Mais um dia em que o Brasil deixa a perspectiva estatística e histórica de uma Guerra Civil para viver uma situação de fato.



Hoje é 06.06.06 - Dia da Besta!



O Congresso foi invadido e depredado ... Violência ... Morte!



Calma pessoal!


Olha o noticiário:



As bolhas do fenômeno existem, mas estão sob controle. Foi apenas um problema de costura!



Estamos no país do futebol! É Copa!



“Copa tudo por dinheiro!”

3.6.06

Olavo Thadeu 2006

Posted by Picasa
Quem me vê não imagina
As coisas que já passei,
Desconhece a minha sina
E as estradas onde andei!

J. Keats (1795 - 1821)



"A poesia nos deve surpreender pelo seu delicado excesso e não porque é diferente.
Os versos devem tocar nosso próximo, como se ele tivesse lembrado algo que nas noites dos tempos já conhecia em seu coração.
A beleza de um poema não está na capacidade que ele tem de deixar o leitor contente.
A poesia é sempre uma surpresa, capaz de nos tirar a respiração por alguns momentos.
Ela deve permanecer em nossas vidas como o pôr-do-sol:
Algo milagroso e natural ao mesmo tempo."
- J. Keats (1795 - 1821)

SEGUNDO ENCONTRO


Estou de volta ao lugar


Onde a vi pela primeira vez.


Não sei o que me fez voltar,


Vontade de revê-la talvez?


Mas é tão incerto que ela volte,


Pelos mesmos caminhos caminhar,


Quanto que dessa vontade eu me solte


E por aí consiga vagar!


Será que ela vai aparecer?


É necessário que ela apareça


Não sei o que pode acontecer,


Caso uma coisa dessas aconteça,


Uma coisa dessas que atrapalhe


E faça com que ela esqueça o caminho


É impossível que meu instinto falhe,


Mas se falhar, estarei sozinho.


Como é triste esperar


Algo que não se sabe se vem


Se alguém por aqui passar


Vai notar que espero alguém


Ah! Lá esta ela!


Segue a direção do vento!


Como uma nuvem fica bela


Contrastando o firmamento


Passou como um corisco,


Tirando da noite o escuro


Parece um animal arisco


Fugindo de algum apuro


Passou tão depressa


Que mal pude olhá-la


Mas que sensação é essa


Que me sumiu a fala?


Olavo THADEU – 08.05.1977

Encontro


Lá estava ela pela pradaria,


Correndo pelo rochedo,


Saltando por entre um arbusto.


De longe, eu a seguia,


Parecia de nada ter medo,


Mas, às vezes, por um susto,


Disparava em alta velocidade.


Que estranha criatura!


Quando de longe eu olhava,


Era toda tranqüilidade,


Mostrando sua postura,


Pelos prados desfilava.


Que estranha atração


Aquela criatura irradiava.


Seu porte, seu pelo, seu passo


Me forçavam uma aproximação.


Uma visão de longe não bastava


Para contemplar aquele espaço.


Quando me dei pela conta,


O quadro já me enchia a vista.


Eu a tinha bem perto,


Parecia um animal de monta,


Que esperava na pista


A hora do portão aberto.


A curta distância, eu a seguia,


Em movimentos rápidos, a segurança


De cada passo pisar o lugar certo.


Parece que já me pressentia!


Mas ainda com esperança


De poder vê-la mais perto...


Tarde demais...


Já havia me notado!


Não me parecia assustada,


Mas já estava em atenção,


Pois a vivência tinha ensinado


Que, ao por alguém ser admirada,


Despertava-se-lhe preocupação.


Ensinuei um movimento...


Foi o bastante...


Saiu em disparada


E, no mesmo momento,


Eu já a via distante


Com a crina em revoada.


Seu corpo esbelto eu vejo


Sumir na distância cada vez mais.


O que determina esse comportamento?


A curiosidade me inspira desejo!


Será que é pedir demais,


Que se repita esse momento?


O sol já desapareceu,


Terminando mais um dia,


Levando aquela imagem,


Eu volto pensando...


O que aconteceu?


Uma imagem que fazia


Lembrar uma criatura selvagem.


OlavoTHADEU – 01.05.1977

Que aconteceu com a criança
Que levou meu coração
Que me deixou com esperança
Que esqueceu da devolução
Será que a mãe não viu
Que meu peito ficou vazio
Será que a mãe não sabe
Que ao prender a filha
Prendeu meu coração
Que acontece nessa família
Ninguém se entende
Que confusão
Será que isso que chamam
Conflito de geração
Mas os psicólogos reclamam
Que haja uma aproximação
Será que a mãe não sabe
Que a criança quer liberdade
Que será dessa criança
Longe dos olhos da mãe
Que será dessa criança
Quando vier a ser mãe
Será que a mãe já pensou nisso
Adulto não liga para isso
Isso é coisa de criança
Minha senhora
Com todo respeito
Esse vazio no meu peito
Que eu sinto a toda hora
Foi o crime mais perfeito
Que já vi até agora
Minha filha é inocente
Não sabe o que faz
A senhora é conivente
E se julga incapaz
Deixe a criança em paz






Olavo THADEU – 30.04.1977

TELEFONEMA


Alo


É você


Sou eu


Tudo bem


Tudo bem


E você


Você ligou


É liguei


Então eu liguei


Ah tudo bem


Como foi


Ah tudo bem


Ainda bem


Não deu grilo


Nenhum


Hum


...


Fala


Tudo bem


...


Que foi


Nada


Hum


Foi um brando



Que gozado


Que


A gente não se vê


É fica esquisito



Tudo bem mesmo


Claro


Não seu


Porque


Eu não te vejo


Como assim


Não vejo seus olhos


Ah


O que você pensa


Isso é gozado


Eles falam


Se falam


E eu não vejo


E daí


Não sei


Estou falando


Eu acredito


É bom


Mas não vejo


O que


O que você pensa


Olavo THADEU – 26.04.1977


A Virgem em seu Castelo

Uma vez conheci uma virgem

Que morava num castelo

Como era alto

Que vertigem

Mas como era belo

Eu tentava com um salto

Alcançar sua trança

Que beleza

Era o cabelo dela

Parecia uma criança

Que para esquecer a tristeza

Ficava na janela

Olavo THADEU – 24.04.1977