Quero ouví-la...
Seus medos,
Seus segredos,
Seus amores,
Seus temores,
Tudo...
Fitarei seus olhos,
Mudo...
Eles me iluminarão,
Quando precisar falar.
- Olavo THADEU
Every Poem you write here
You will never understand,
Because when the waves arrive,
They will allways go off the end!
Mais um dia
Hoje é 06.06.06 - Dia da Besta!
O Congresso foi invadido e depredado ... Violência ... Morte!
Calma pessoal!
Olha o noticiário:
“As bolhas do fenômeno existem, mas estão sob controle. Foi apenas um problema de costura!”
Estamos no país do futebol! É Copa!
“Copa tudo por dinheiro!”
Estou de volta ao lugar
Onde a vi pela primeira vez.
Não sei o que me fez voltar,
Vontade de revê-la talvez?
Mas é tão incerto que ela volte,
Pelos mesmos caminhos caminhar,
Quanto que dessa vontade eu me solte
E por aí consiga vagar!
Será que ela vai aparecer?
É necessário que ela apareça
Não sei o que pode acontecer,
Caso uma coisa dessas aconteça,
Uma coisa dessas que atrapalhe
E faça com que ela esqueça o caminho
É impossível que meu instinto falhe,
Mas se falhar, estarei sozinho.
Como é triste esperar
Algo que não se sabe se vem
Se alguém por aqui passar
Vai notar que espero alguém
Ah! Lá esta ela!
Segue a direção do vento!
Como uma nuvem fica bela
Contrastando o firmamento
Passou como um corisco,
Tirando da noite o escuro
Parece um animal arisco
Fugindo de algum apuro
Passou tão depressa
Que mal pude olhá-la
Mas que sensação é essa
Que me sumiu a fala?
Olavo THADEU – 08.05.1977
Lá estava ela pela pradaria,
Correndo pelo rochedo,
Saltando por entre um arbusto.
De longe, eu a seguia,
Parecia de nada ter medo,
Mas, às vezes, por um susto,
Disparava em alta velocidade.
Que estranha criatura!
Quando de longe eu olhava,
Era toda tranqüilidade,
Mostrando sua postura,
Pelos prados desfilava.
Que estranha atração
Aquela criatura irradiava.
Seu porte, seu pelo, seu passo
Me forçavam uma aproximação.
Uma visão de longe não bastava
Para contemplar aquele espaço.
Quando me dei pela conta,
O quadro já me enchia a vista.
Eu a tinha bem perto,
Parecia um animal de monta,
Que esperava na pista
A hora do portão aberto.
A curta distância, eu a seguia,
Em movimentos rápidos, a segurança
De cada passo pisar o lugar certo.
Parece que já me pressentia!
Mas ainda com esperança
De poder vê-la mais perto...
Tarde demais...
Já havia me notado!
Não me parecia assustada,
Mas já estava em atenção,
Pois a vivência tinha ensinado
Que, ao por alguém ser admirada,
Despertava-se-lhe preocupação.
Ensinuei um movimento...
Foi o bastante...
Saiu em disparada
E, no mesmo momento,
Eu já a via distante
Com a crina em revoada.
Seu corpo esbelto eu vejo
Sumir na distância cada vez mais.
O que determina esse comportamento?
A curiosidade me inspira desejo!
Será que é pedir demais,
Que se repita esse momento?
O sol já desapareceu,
Terminando mais um dia,
Levando aquela imagem,
Eu volto pensando...
O que aconteceu?
Uma imagem que fazia
Lembrar uma criatura selvagem.
OlavoTHADEU – 01.05.1977
Alo
É você
Sou eu
Tudo bem
Tudo bem
E você
Você ligou
É liguei
Então eu liguei
Ah tudo bem
Como foi
Ah tudo bem
Ainda bem
Não deu grilo
Nenhum
Hum
...
Fala
Tudo bem
...
Que foi
Nada
Hum
Foi um brando
Que gozado
Que
A gente não se vê
É fica esquisito
Tudo bem mesmo
Claro
Não seu
Porque
Eu não te vejo
Como assim
Não vejo seus olhos
Ah
O que você pensa
Isso é gozado
Eles falam
Se falam
E eu não vejo
E daí
Não sei
Estou falando
Eu acredito
É bom
Mas não vejo
O que
O que você pensa
Olavo THADEU – 26.04.1977
Uma vez conheci uma virgem
Que morava num castelo
Como era alto
Que vertigem
Mas como era belo
Eu tentava com um salto
Alcançar sua trança
Que beleza
Era o cabelo dela
Parecia uma criança
Que para esquecer a tristeza
Ficava na janela
Olavo THADEU – 24.04.1977
O que eu falei é diferente do que eu pensei!
O que você ouviu é diferente do que eu falei!
O que você entendeu é diferente do que você ouviu!
Entre o que eu penso e o que você pensa,
Existe uma grande diferença!