Every Poem you write here
You will never understand,
Because when the waves arrive,
They will allways go off the end!

3.6.06

Encontro


Lá estava ela pela pradaria,


Correndo pelo rochedo,


Saltando por entre um arbusto.


De longe, eu a seguia,


Parecia de nada ter medo,


Mas, às vezes, por um susto,


Disparava em alta velocidade.


Que estranha criatura!


Quando de longe eu olhava,


Era toda tranqüilidade,


Mostrando sua postura,


Pelos prados desfilava.


Que estranha atração


Aquela criatura irradiava.


Seu porte, seu pelo, seu passo


Me forçavam uma aproximação.


Uma visão de longe não bastava


Para contemplar aquele espaço.


Quando me dei pela conta,


O quadro já me enchia a vista.


Eu a tinha bem perto,


Parecia um animal de monta,


Que esperava na pista


A hora do portão aberto.


A curta distância, eu a seguia,


Em movimentos rápidos, a segurança


De cada passo pisar o lugar certo.


Parece que já me pressentia!


Mas ainda com esperança


De poder vê-la mais perto...


Tarde demais...


Já havia me notado!


Não me parecia assustada,


Mas já estava em atenção,


Pois a vivência tinha ensinado


Que, ao por alguém ser admirada,


Despertava-se-lhe preocupação.


Ensinuei um movimento...


Foi o bastante...


Saiu em disparada


E, no mesmo momento,


Eu já a via distante


Com a crina em revoada.


Seu corpo esbelto eu vejo


Sumir na distância cada vez mais.


O que determina esse comportamento?


A curiosidade me inspira desejo!


Será que é pedir demais,


Que se repita esse momento?


O sol já desapareceu,


Terminando mais um dia,


Levando aquela imagem,


Eu volto pensando...


O que aconteceu?


Uma imagem que fazia


Lembrar uma criatura selvagem.


OlavoTHADEU – 01.05.1977

Nenhum comentário: